domingo, dezembro 15, 2013

2011, um ponto de partida

Lembro que de uma maneira geral a previsão da astrologia ditava que 2011 era um ano para semear o que seria colhido dali por diante.
Isso desencadeou em mim uma vontade desenfreada de traçar um caminho e uma ansiedade em garantir boas sementes.
Durante o percurso não consegui achar a linha, tudo parecia bastante tortuoso.
Comecei o ano com um novo trabalho, e no primeiro mês deste fiquei sabendo de uma seleção para analista de audiovisual do SESC, participei, foi uma experiência inusitada, mas não fiquei com a vaga.
Fiquei triste, mas também ficaria triste de deixar o novo trabalho pois havia muitas expectativas e estava empolgada.
No entanto, vi o projeto para o qual havia sido contratada morrer em poucos meses e fui me virando para lidar com outras demandas que surgiram, pois o contrato só findava em 2012. Foi difícil, pois estava sem a clareza de qual era a minha função, o que foi se construindo e só teve mais definição com o tempo.
Não me sentia reconhecida e estava insatisfeita profissionalmente, passei o ano tentando me posicionar como analista de conteúdo online e não parecia que estava saindo do lugar.
No começo do segundo semestre a minha família estava se recuperando, entre março e junho, nossos corações sofreram três baques. Dois recomeços, duas vidas que celebramos e agradecemos que estejam sendo vividas.
Dentro desta conjuntura um fato bastante dissonante foi o meu impulso de comprar os ingressos para o Rock in Rio, comprei-os em fevereiro, sem hesitar.
O que dizer da viagem para o Rio de Janeiro... Lá estive pela primeira vez, lá aos pés do Cristo Redentor fui tomada por toda a gratidão guardada em meu peito pela recuperação dos meus familiares, um dos momentos mais marcantes de minha vida, ainda mais quando ao abrir os olhos pude apreciar o reflexo gerado pelo mármore.
Cristo Redentor - Corcovado - Rio de Janeiro-RJ
Postei outras fotos deste momento em outros dois posts na época, Cores e correção e O tempo voa...
Foi a segunda vez que viajei sozinha para encontrar amigos no destino. Gostei tanto dessa prática, e foi através dela que este ano fiz minha primeira viagem internacional.
O encantamento com o Rio ficou explicito na memória e nas fotos. Este ano pude retornar por lá e foi muito bom rememorar e experienciar o Rio mais uma vez e alimentar a vontade de voltar por lá.
Foi em 2011 que comecei a assumir a minha paixão por reflexos. Foi um ano também de nascimento e fortalecimento de amizades que cultivo até hoje.
Eis que somente por esses dias finalmente revelei fotos de 2011, entre outras mais antigas ou mais recentes. Não sei exatamente há quanto tempo não revelava fotos, talvez dois anos ou mais. Fui surpreendida com a emoção que me tomou ao visualizá-las. E foram elas que instauraram todo esse clima de retrospectiva.
Só então ficou claro que colhi as sementes plantadas. Pois, já estou a um ano e meio ocupando a vaga daquela seleção para analista de audiovisual. Hoje não vivencio mais aquela tortuosidade, desanimo e insatisfação.
Aprendi um bucado. Duvidava que chegaria em algum lugar, mas ao me despir das expectativas, consegui identificar e desfrutar das oportunidades, até enxergar o ponto de partida e os seus frutos.
Colho o amadurecimento e o reflito através de palavras, ações e imagens.
Agradeço imensamente pelas graças alcançadas em 2011 e continuo semeando.

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